O que é que é uma...???
As motas são veículos muito segmentados, com públicos e finalidades muito específicas, no entanto, acabam todas por ser utilizadas para qualquer coisa.Recentemente, ficou célebre um aventureiro que decidiu dar a volta ao mundo numa R6.
O tempo, a segmentação dos mercados, os criativos do marketing e a própria evolução tecnológica, para além da dedicação daqueles que gostam de transformar as suas motas, deram origem a uma pluralidade de categorias que por vezes são difíceis de distinguir para os leigos.
O nosso Dicionário vai tentar fazer uma espécie de fichas explicativas e ilustradas de toda a sorte possivel de categorias (ou estilos) de motas.
Meteram gasolina neste número os nossos café racers: Thruxtonic; dfelix; stellwarrior; Johnny_1056.
Bobber - São motas preparadas em torno de bases de série sem modificações estruturais no quadro. Habitualmente não têm guarda-lamas à frente e o de trás é bastante encurtado, procurando maior leveza no peso e na aparência.
Consideradas como as antecessoras da moda "custom", as suas origens remontam ao pós-guerra, quando os GI voltaram para casa e começaram a procurar aproximar as suas motas tipicamente americanas ao estilo europeu, que produzia motas mais leves, de ciclistica mais ágil e com um aspecto mais ligeiro, melhorando assim a performance.
Sendo também muito personalizadas, como as "chopper" distinguem-se destas por terem a frente inalterada ou mantida curta, ao contrário das grandes frentes alongadas que distinguem as "chopper", além de outros pormenores de estilo como jantes de raios com o mesmo diametro à frente e atràs, pouca diferença de largura dos pneus a dar uma ideia de moto compacta larga e curta, com pouco exagero nos cromados e sem aerografias. Muitos exemplares usam springuer curta com a inclinaçao de origem e grande predilecçao por mudanças de mão estilo "suicide".
Minimoto - Na europa é utilizado o termo minimoto. Nos estados unidos são vulgarmente conhecidas por pocketbikes. Apesar de á primeira vista parecerem brinquedos, são de facto máquinas de competição. Estão equiparados para o motociclismo como os karts para o automobilismo.
Têm uma estrutura rígida sem qualquer suspensão e uma mecânica simples mas extremamente eficiente.
Utilizam motorizações a 2 tempos com cilindradas de 40cc ou 50cc. Mais recentemente começaram a ser introduzidos motores a 4 tempos de 90 e 110cc sempre de embraiagem centrifuga.
Nas classes mais competitivas estes motores são capazes de atingir potências de 18cv o que resulta em relações peso/potência interessantes.
Pilotos como Valentino Rossi, Marco Melandri, Loris Capirossi e Max Biaggi iniciaram a sua carreira nas minimotos. Actualmente são um desporto motorizado bastante popular em todo o mundo pois permitem de forma económica o acesso a toda a emoção da competição ou memso de um track day.
Blata Ultima (09)
Sport Touring - São motas com uma cilindrada perto dos 1000cc ou acima, capazes de percorrer grandes distâncias com conforto mas mantendo um compromisso com a vertente desportiva.
A mota mais emblemática, ou mesmo que consolidou este segmento, é apontada como sendo a Honda VFR, que ainda tem imensos adeptos embora seja um modelo a merecer uma actualização há muito esperada. De qualquer maneira, este segmento é o que apresenta maior declínio nas vendas, em anos recentes, embora se situem nele motas de superior qualidade, quer para viajar a sério quer para "correr" a brincar.
Honda VFR 800 (06)
Triumph Sprint ST 1050 (08)
Yamaha FJR 1300 (08)
Kawasaki 1400 GTR (09)
Touring - São motas destinadas a percorrer grandes distâncias com elevado grau de comforto. Caracterizam-se pelas suas dimensões volumosas, grande peso, carenagens completas, depósito de combustível com muita capacidade e grandes vidros corta-vento.
Os motores são normalmente de grande cilindrada e a posição de condução, tal como a do passageiro, são muito direitas e oferecem grande comforto para suportar muitas horas seguidas em estrada. Dado o volume destas motas, a capacidade de transportar bagagem é grande, tal como a quantidade de acessórios que costumam equipá-las, tais como rádio, leitor de discos ou dvds, sistema de som com colunas externas, gps nas mais modernas, bancos e punhos aquecidos, inúmeras regulações e ajustes, muitos deles eléctricos e um grande painel de comandos para tudo isso.
Os donos destas motas são facilmente reconhecidos num grupo de motociclistas quando alguém se refere a esta categoria de motas como "barcos", pois são os únicos que não se riem.
Os Estados Unidos da América são os grandes fomentadores deste tipo de motas, devido essencialmente à sua tradição no fabrico de motas de grande porte e às enormes distâncias disponíveis para percorrer.
